Cães se aventuram com tutores em passeios de caiaque em praia de Vitória

Cães se aventuram com tutores em passeios de caiaque em praia de Vitória

Para muitos, passear de caiaque é uma opção de esporte e lazer. Mas agora, algumas pessoas estão tendo a chance de praticar a atividade com uma companhia mais do que especial: os próprios cães. Além de se exercitar, para os tutores tem sido uma experiência de conexão com os cachorros que muitas vezes já adoram cair e entrar na água.

Os passeios de caiaque na praia Curva da Jurema, em Vitória, começaram no final de março com 12 donos e seus cachorros. A ideia surgiu porque Arthur Freire tem um grupo que pratica caiaque no local e ele mesmo também tem um cachorro.

“Um dia, não tinha nada para fazer, peguei meu vira-lata em janeiro desse ano, o Tenente Dan, e levei. Ele já gostava de nadar e ter contato com a água. Ele gostou muito. Depois comentei com um amigo e ele fez isso também e deu super certo. Aí então resolvemos fazer um passeio voltado para os donos de pets”, contou Arthur.

Segundo a Prefeitura de Vitória, não há legislação que proíbe a circulação de animais domésticos especificamente em praias, só reforça que eles precisam estar com coleira e guia adequadas ao tamanho e ao porte do animal e, obrigatoriamente, guiados por seus tutores com idade e força suficientes para controlar os movimentos do animal.

A diversão começa de manhã cedo, por volta das 8h, na areia da praia, com os cães se conhecendo. Depois, orientações são passadas aos donos, como deixar sempre os cães na coleira, quais são os movimentos necessários para remar, informações sobre o trajeto e os pontos de paradas.

Os donos são avisados também que os cães podem ficar a vontade para dar aquele mergulho durante o trajeto, com três instrutores sempre por perto. Em cada caiaque cabem o dono e o cachorro, podendo ser até dois donos e dois cachorros se for um de porte pequeno.

Lívia e a cachorra Golden Stella aproveitando um passeio de caiaque em Vitória, Espírito Santo — Foto: Reprodução/Acervo pessoal

Lívia e a cachorra Golden Stella aproveitando um passeio de caiaque em Vitória, Espírito Santo.

Colocar os coletes salva-vidas nos donos é o próximo passo. O primeiro ponto de parada é uma praia mais isolada que só é possível chegar nadando ou remando. É a Praia do Sacre Coeur, em um percurso que dura 30 minutos.

Após a chegada na praia, os cães e donos têm até uma hora para descansar e aproveitar o visual.

“Fiquei sabendo através de uma amiga. Eu já fiz canoa havaiana e o passeio foi incrível, nós adoramos. Stella adora água e se dá super bem com outros cachorros. Na praia, ela interagiu muito bem com os outros doguinhos. A princípio, pensei que ela fosse pular do caiaque para nadar, devido ao amor dela pela água, mas ela curtiu tanto que preferiu ficar no caiaque aproveitando o momento”, relatou a oceanógrafa.
12 donos com seus cães participaram de passeio de caiaque — Foto: Reprodução/Equipe Almar 027

“É muito bom compartilhar momentos especiais com nossos pets. Quando nos divertimos juntos, não apenas fortalecemos nosso vínculo, mas também enriquecemos suas vidas com novas experiências. Os passeios juntos não são apenas uma oportunidade para explorar novos lugares, mas também para criar memórias. Ver a alegria deles enquanto correm ou brincam na água é uma das maiores recompensas. Esses momentos não são apenas bons para nós, mas também essenciais para o bem-estar físico e emocional dos nossos pets”, disse Lívia.

“Teve dono que falou que nunca viu o cachorro se divertir tanto igual viu naquele momento. Teve dono que levou para saber como o cachorro ia responder e respondeu super bem. E também teve dono que voltou para remar sem o cachorro”, pontuou.

A cena de “doguinhos” nadando e curtindo em caiaques com seus donos vai virar rotina na Curva da Jurema. Aprovado tanto pelos cães, como pelos donos, Arthur disse que agora o passeio será fixo e vai acontecer duas vezes por mês.

O último aconteceu no dia 21 de abril. “O retorno foi muito positivo e a gente vai observando como está sendo a aceitação para direcionar o público, também colocar coletes nos cachorros nas próximas saídas. A única contra indicação é se o cachorro for bravo, porque aí ele não vai poder socializar”, explicou.

Lívia e Stella gostaram tanto que também estão pensando em curtir a experiência mais uma vez.

Fonte: G1