Falta de contêineres se dá devido aumento no volume de exportações e importações , diz Vports
Autoridade portuária emitiu nota após entidades do setor de rochas e do café denunciarem perdas por déficit logístico nos portos
Por Kikina Sessa
Após o Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais e o Centro do Comércio de Café de Vitória enviaram carta aberta às autoridades públicas alertando para o impacto do “déficit logístico” no desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo, a Vports, que desde setembro de 2022 é a autoridade portuária responsável pela administração dos terminais de Vitória, Vila Velha e Barra do Riacho, emitiu uma nota sobre o assunto.
A Vports esclarece que questões relacionadas à disponibilidade de contêineres, bem como referentes a espaços para armazenagem e movimentação nos portos, são desafios que hoje se impõem como um todo aos segmentos portuário e de comércio exterior no Brasil e no mundo, em decorrência do aumento do volume de exportações e importações.
“Considerando este momento, os esforços conjuntos realizados pela autoridade portuária, clientes, operadores logísticos, entidades e poder público garantiram crescimento expressivo na movimentação do porto, inclusive se comparada a todos os demais portos brasileiros”, diz a nota.
A autoridade portuária apresentou dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) que mostram que o crescimento médio dos portos foi de 6% no primeiro quadrimestre deste ano enquanto a movimentação no Porto de Vitória cresceu 35% no mesmo período. No caso específico dos contêineres, o crescimento médio nos portos brasileiros foi de 24% enquanto no Espírito Santo o número foi de 58%.
“Mesmo diante de uma crise que é mundial, nossos resultados mostram que temos conseguido manter o porto ativo, em crescimento e registrando incremento na movimentação das cargas, graças a um trabalho sério e aos investimentos realizados”, afirma o diretor-presidente da empresa, Gustavo Serrão.
Segundo a Vports, de setembro de 2022 até agora cerca de R$ 130 milhões foram entregues em obras de infraestrutura – montante que até setembro chegará R$ 150 milhões -, incluindo disponibilização de áreas para armazenagem, modernização de acessos, reforma de berços, recuperação de silos, além de equipamentos e tecnologias de segurança e monitoramento.
“Tudo isso teve impacto positivo e possibilitou recordes de movimentação. O café, por exemplo, cresceu 288% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado e, para atender a demanda extra, estão sendo avaliadas novas ações, como a adoção da operação break bulk, que prevê a movimentação do produto em sacas transportadas dentro do navio, dispensando a necessidade do contêiner. Já o granito cresceu 17% no total e 100% na movimentação em blocos, uma alternativa construída diante da indisponibilidade de contêineres no mercado.”
A nota diz que a empresa está ciente de que estes incrementos de movimentação ainda não são suficientes para atender à demanda logística neste momento desafiador. “A Vports ressalta que segue empenhada para buscar em conjunto com todas as partes envolvidas soluções para sanar as questões geradas pela alta demanda, certa de que a complexidade do assunto exige parceria, dedicação, comprometimento e responsabilidade de todas as partes em prol do desenvolvimento econômico do Espírito Santo”.
Fonte: ES Brasil
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