Polícia flagra venda de sabão em pó falsificado e azeite impróprio para consumo em supermercados e farmácias no ES; veja nomes

Polícia flagra venda de sabão em pó falsificado e azeite impróprio para consumo em supermercados e farmácias no ES; veja nomes

Duas operações da Polícia Civil nesta terça-feira (22) recolheram 355 garrafas de azeite de oliva impróprios para consumo e 227 unidades de sabão em pó falsificado em supermercados e farmácias da Grande Vitória.

Entre os azeites apreendidos estavam duas marcas que já tinham sido proibidas de serem comercializadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária por apresentarem risco à saúde.

Os azeites apreendidos foram encontrados em supermercados de Cariacica e da Serra. Já o sabão em pó era vendido em nove farmácias em Vitória, Cariacica e Vila Velha.

O Ministério da Agricultura divulgou nesta terça todas as 12 marcas de azeite consideradas impróprias. No g1 você confere a lista completa de todas as marcas e lotes do produto irregular. A operação aconteceu por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor.

As marcas de azeite irregulares que foram encontradas são Quinta de Aveiro, fabricada no Espírito Santo, e Don Alejandro, de Santa Catarina. O g1 não localizou os contatos de nenhuma marca, apenas os das distribuidoras, embaladoras e supermercados que as comercializam. A reportagem acionou as empresas e aguarda posicionamento.

Já o sabão em pó falsificado era da marca OMO. A reportagem entrou em contato com a empresa e não teve nenhum retorno até a última atualização desta reportagem.

A retirada dos azeites foi uma ação da Polícia Civil e do Ministério da Agricultura e Pecuária. Já a operação do sabão em pó foi realizada a partir de uma denúncia Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, que apontou uma tentativa de comércio de sabão em pó falsificado em uma rede de farmácias do estado.

Ainda de acordo com o ministério, os produtos apresentam risco à saúde já que não é possível saber a composição e origem. Além disso, análises mostraram que nas embalagens havia outros óleos vegetais misturados.

O delegado da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, Eduardo Passamani, explicou que alguns deles já tinham sido desclassificados por fraude e não poderiam ser vendidos como azeite porque as características de textura e de cheiro se aproximavam mais de um óleo de cozinha.

“Nós identificamos que duas marcas que haviam sido recolhidas anteriormente e feitas uma análise foram desclassificadas pelo Ministério da Agricultura. Ou seja, aquilo não é azeite, provavelmente óleo misto. Então, diante dessa situação, duas marcas foram retiradas do mercado capixaba”, disse o delegado.

No início de outubro, a Polícia Civil apreendeu 428 garrafas de três marcas de azeite em redes de supermercados de Vila Velha e Cariacica. Na época, a investigação apontou que o produto era vendido abaixo do preço médio de mercado.

O delegado explicou ainda que uma organização criminosa está se aproveitando da venda do azeite impróprio.

“A investigação tem apontado que existe uma máfia no estado de São Paulo, existe uma empresa que está fabricando o óleo misto, ela conseguiu autorização para fabricar o óleo misto, fabrica esse óleo misto e na hora de vender, ele vende para empresas de fachada que colocam uma rotulagem, e essa rotulagem é vendida como azeite. Nós identificamos essa fábrica, identificamos alguns compradores e agora vamos avançar na investigação para tentar tomar medidas mais duras contra essa organização criminosa”, comentou o delegado.

Muitas dessas empresas que fabricavam o suposto azeite também tinham problemas na Receita Federal, com CNPJ suspenso, o que aumenta riscos de fraudes.