Professores da UFES aderem a greve nacional
A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes) anunciou, na noite dessa terça-feira (9), que os professores da Universidade Federal (UFES) aderiram a greve nacional.
A deflagração da greve dos professores da UFES foi aprovada em assembleia geral da categoria realizada no mesmo dia, na sede da Adufes, no campus de Goiabeiras, em Vitória.
De acordo com a Adufes, a proposta inicial que estava na pauta r indicava o início do movimento na próxima segunda-feira (15) venceu com 123 votos. Outra proposta, que previa permanecer em estado de greve sem data para deflagração, obteve 65 votos. Houve duas abstenções.
A primeira tesoureira do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Jennifer Susan Webb, compôs a mesa junto com a presidente da Adufes, Ana Carolina Galvão, que a presidiu, e a secretária-geral do Sindicato, Andréa Dalton.
Em nota, a UFES informa que mesmo ciente ao resultado da assembleia, a Administração Central ainda não foi comunicada oficialmente sobre a decisão de paralisação dos professores, em adesão ao movimento nacional da categoria.
No entanto, assim que for oficialmente informada, a Administração Central da Ufes afirma que pretende criar um grupo de trabalho para atuar junto a membros da Adufes. “Como já vem acontecendo junto aos representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes)”.
De acordo com a UFES, a Administração Central reconhece a legitimidade do movimento, mas atuará para que, durante a paralisação, o processo seja conduzido de forma a minimizar ao máximo os impactos para estudantes, técnicos e docentes da Universidade, e para a sociedade.
“A Administração Central da Ufes também se coloca à disposição para encaminhar as propostas do movimento às instâncias superiores, buscando alcançar a melhor das soluções para todas as partes”.
Greve também no IFES
Os professores da Ufes se juntam aos servidores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), que estão em greve desde segunda-feira (9) e por tempo indeterminado. A greve é para todos os campi da instituição de ensino no Estado.
A categoria reivindica uma recomposição salarial de 53,17% para os Técnicos Administrativos em Educação (TAE) e 39,92% para os professores, tomando como base as perdas registradas na última década. A proposta do Governo Federal, até o momento, é não haver reajuste em 2024, 2,5% em 2025 e mais 2,5% em 2026.
Além disso, os servidores pedem a reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de professores, a revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Em nota, o Ifes afirma que respeita o direito de greve e reitera à sociedade que a deflagração do movimento grevista é uma decisão coletiva, da categoria profissional, definida em assembleia organizada pela entidade sindical.
Segundo a instituição, a adesão à greve corresponde ao posicionamento individual de cada servidor. Logo, a decisão sobre a paralisação ou não das atividades nas unidades e na Reitoria do Ifes não é de competência institucional e poderá haver diferentes percentuais de adesão ao movimento em cada campus.
Fonte: ES HOJE
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