Vila Rubim é o meu berço e nas comunidades minha dedicação por amor a Vitória

Vila Rubim é o meu berço e nas comunidades minha dedicação por amor a Vitória

Personalidades do Centro de Vitória

Nascido no município de Cariacica, de origem simples, Moises Alves Cruz morou no bairro Alto Lage e desde cedo movido pelo dom do comércio, enraizou-se no tradicional mercado da Vila Rubim. Como simples vendedor ambulante, foi iniciando, foi aprimorando a arte de vender e comprar. A arte do comercio.

Blindado sempre pela humildade e diálogo foi adquirindo conceito de bom prestador de serviços e fornecedor de produtos de qualidade que promovem sua fidelidade aos clientes e ao mercado.

Como comerciante capacitado, vocacionado focou-se em seus propósitos, característica que mantém em tudo que se propõe a dedicar-se.

Pai de quatro filhos, atuantes em seu dia a dia, lapidando-os no trabalho como forma de êxito na vida, já colhe a formação dos frutos de uma família feliz onde possui o título nobre de vovô.  Moisés,  Educado, fiel e amigo, o hoje proprietário da “Alves Couro”, é destaque na região do Mercado da Vila Rubim onde diversos comerciantes sérios e focados á décadas prosperam na cidade de Vitória, “busquei novos horizontes, aproveitei as oportunidades de crescer e graças a Deus fundei a Alves Couro, que está no mercado há 40 anos, uma empresa consolidada. A Vila Rubim é o meu “Berço Profissional”, tudo que consolidei em minha vida profissional, que construí foi iniciado na Vila Rubim, sempre com muita vontade de vencer”, declara Moisés Alves.

Como você vê o comércio no Centro de Vitória?
O comércio no Centro e na Vila Rubim está abandonado pelo poder público, apesar do comércio da Vila Rubim ter vida própria, por ser tradicional, sobrevive, porém, o poder público tem um papel importante de potencializar. pode fazer o comércio ser ainda melhor, seguro e potencializado.

Como encontra-se a questão da segurança pública no Centro de Vitória e em toda cidade?

A segurança pública hoje encontra-se na UTI. Está mal em função de diversos aspectos, o primeiro deles é a necessidade da união da sociedade para que se venha a discutir essa questão política de não encarceramento, esse negócio de prende e solta agrava muito a situação da insegurança na região, nas cidades, temos ouvido muito as autoridades, as autoridades na área de segurança, sentem-se neutralizadas, sem um norte. As autoridades na área de segurança precisam de respaldo do judiciário, um indivíduo ao cometer um delito pequeno ou grande tem que ser corrigido. Não necessariamente punido, corrigido.

Precisamos avaliar a segurança pública como uma ciência, da psicologia ao direito, às leis; a questão social, educação, trabalho, formação. O prende e solta é um ciclo onde o policial desestimulado torna-se, pois na delegacia a lei permite a inoperância, restringe o rigor, facultando a impunidade pela absolvição do delinquente por força da lei que o juiz é impedido de manter preso.

E quando é preso o cidadão que cometeu um crime não tem pelo estado uma política de ressocialização, por parte do sistema de segurança e justiça. Precisamos ver a questão da segurança como ciência, estudar o agravante problema social. Mas mesmo assim, o sr. aceitou participar do Conselho Municipal de Segurança Pública em Vitória.

Como é essa questão que definiu sua participação no Conselho Municipal?
Eu fui eleito enquanto morador, comerciante para contribuir com a sociedade civil com a questão da segurança. A gente ouve as comunidades, as pessoas e procura exercer uma interlocução e diálogo com as forças de segurança é um papel que estamos representando durante esse período no Conselho Municipal de Segurança Pública em Vitória.

Mas você chegou ao conselho como?
Cheguei ao Conselho Municipal de Segurança Pública pelo voto. Fui eleito membro do conselho pelo voto, as associações de moradores do Centro e do Parque Moscoso me convidaram e eu aceitei o desafio. Fui eleito pelo voto. busco atuar pelo diálogo, tentando minimizar a questão da segurança.

Falando em minimizar, já melhorou um pouco a questão da segurança pública no Centro e na cidade?

Temos dialogado com o poder público, por meio do nosso presidente do Conselho Municipal o Dr. Ayrton Dadalto, advogado e dedicada liderança. Temos tido alguns avanços com a Guarda Municipal e com a própria Polícia Militar. Porém essa questão de prende e solta gera a impunidade, o desencarceramento é como enxugar um gelo.

As autoridades de segurança citam sempre essa questão, atuando e prendendo e o judiciário soltando. Temos a nomeação de novo secretário municipal de segurança urbana, Amarilio Boni, acreditamos que está assumindo a secretaria para somar, respaldar as ações do conselho municipal e automaticamente das ações da guarda municipal. temos o objetivo de estudar a questão da segurança pública, ver a segurança pública como uma ciência, necessitando ser estudada, revista.

A confirmação do Cel. Alexandre Ramalho como Secretário Estadual de Segurança Pública é uma boa notícia?
Isso confirma o compromisso do governador reeleito Renato Casagrande com as comunidades, com as instituições de segurança. O Coronel Alexandre Ramalho é uma pessoa ativa, conhece de segurança pública no estado e com certeza volta com mais experiência e sabe que deve debater com a sociedade, ele, Ramalho tem diálogo com a sociedade e eu vejo como adequada a recolocação do cel. Ramalho no cargo. A sua atuação como secretário já demonstrou resultados positivos para a segurança pública no estado.

O senhor ampliou a sua atuação como liderança política no Centro, o sr. faz parte da diretoria da AMPAR – Associação de Moradores do Parque Moscoso?
Sim. Hoje estou como Coordenador de Segurança da AMPAR, reeleito. Continuo no Conselho Municipal de Segurança e participo do Colegiado de Líderes. O Colegiado de Líderes é uma união das associações de moradores que busca solucionar os nossos problemas de forma unida. Busca discutir as demandas em comunidade, em conjunto.

O sr. prega a não partidarização nas associações de moradores?
Eu acredito que sim, O meu pensamento é que a política passa e a comunidade continua. Portanto temos que discutir política sem partidarismo. Eu acho que temos que estar unidos em nome das comunidades.

Como o sr. vê a gestão Lorenzo Pazolini em relação às obras físicas aqui no parque Moscoso inicialmente?
O prefeito Lorenzo Pazolini tem feito uma boa gestão, mas acredito que possa ampliar um pouco mais o diálogo para que possamos ser ainda melhor atendidos. Só através do diálogo é possível conhecer melhor as demandas da comunidade.

Assinatura da Ordem de Serviço da Reforma Elétrica da EMEF Elzira Vivacqua

No bairro Parque Moscoso tem alguma obra específica em andamento que gostaria de citar?
A ordem de serviço e o início da construção da futura Escola de Ensino Fundamental São Vicente de Paulo, no espaço do antigo Colégio Americano é uma excelente obra, uma excelente iniciativa do governo municipal. temos também a reforma do Viaduto Caramuru. Outro ponto importante foi a criação do RETROFIT, uma boa iniciativa para repovoação do Centro de Vitória. Precisamos que este incentivo seja estendido para algumas áreas históricas como a Vila Rubim, Santa Clara, como algumas áreas que podem ser contempladas no futuro neste mesmo projeto.

Acredita que o RETROFIT possa ser inserido fomento, empréstimo aos proprietários de imóveis?
Sim, o incentivo da isenção de imposto ajuda, anima. Entretanto querer reformar o imóvel é uma coisa, ter o interesse de reformar o imóvel outra coisa, e ter o dinheiro para reformar o imóvel outro fato maior ainda. Acredito que o RETROFIT está no caminho certo e essas observações devem ser avaliadas. Principalmente estender a área abrangida pelo projeto.

Existem outras obras que gostaria de citar, sendo desenvolvidas no Centro de Vitória?
Temos a obra do Mercado da Capixaba, uma obra esperada a anos, um anseio das comunidades e comércio da região, as obras da Gruta da Onça, obra que beneficia o Parque Gruta da Onça pelo espaço de lazer vocacionado ao turismo. Não há nada que esteja bom que não possa ser melhorado. Vamos falar de Alegria, de carnaval.

O carnaval 2022 após dois anos de covid 19, foi um evento bom para sociedade, foi bom para comunidade carnavalesca?
O povo passou por uma situação de confinamento em função da pandemia do covid-19. Eu acredito que agora estamos voltando à situação normal. O carnaval foi ótimo, estamos cada vez mais no caminho certo. Temos o Carnaval nacional, o Carnaval de São Paulo e o Carnaval Capixaba. O Carnaval Capixaba cada vez cresce mais sendo motivado pelo poder público, estadual e municipal. O carnaval é um investimento interessante, um investimento que dá retorno, gera empregos, gera consumo. É importante para o turismo e para alegria do nosso povo capixaba.

O investimento de R $20 milhões no ano passado trouxe retorno ao estado, os valores foram anunciados pelo CDVIT, órgão gestor do Carnaval Capixaba, que avaliação faz dos investimentos no Carnaval?
Os valores não são gastos, são investimentos que geram retorno. É um investimento que permite a uma infinidade de setores serem beneficiados da rede hoteleira a vendedores ambulantes. O turismo de forma geral é contemplado com

O Evento do Carnaval Capixaba. Como é a estrutura política do carnaval, as entidades, agremiações carnavalescas se organizam como?
Existem duas ligas, a LIEGES, que é a liga do Grupo Especial, que representa sete escolas de samba, agremiações carnavalescas que desfilam no sábado. O chamado “Grupo de Elite”, E existe a LIESES, que representa 12 escolas de samba, agremiações carnavalescas que estão no Grupo de A e B, são as que desfilavam na quinta, o carnaval 2023 cinco as agremiações do Grupo B devem desfilar no domingo. Na sexta-feira desfilam sete escolas do Grupo A, as escolas que podem subir para o “Grupo de Elite”.

Para este ano, acredita que poderá haver maior investimento do poder público municipal e estadual nas 19 agremiações do desfile carnavalesco capixaba?
O poder público já entendeu que carnaval não é gasto, é investimento, cada real investido no carnaval ele tem retorno. A tendência do poder público sempre será de investir cada vez mais na indústria do turismo e o carnaval eleva nossa cidade, eleva nosso turismo, gera dividendos a milhares de pessoas, da costureira ao músico. O carnaval gera empregos e consumo, gerando assim arrecadação de imposto. Retornando socialmente e financeiramente ao investimento feito pelas prefeituras e pelo governo do estado.

Por – Mario Berardinelli